top of page

Produção das Cachaças Século XVIII

O engenho Boa Vista está localizado na pequena cidade de Coronel Xavier Chaves (MG) – perto dos municípios de Tiradentes e São João Del Rey, o mais antigo engenho de cachaça em atividade do Brasil. O engenho é propriedade de Rubens Chaves, descendente do Coronel e atualmente é gerenciado por Nando Chaves, produtor da cachaça Século XVIII.

engenho-boa-vista-coronel-xavier-chaves.
Nando6.png

A cachaça artesanal produzida no engenho Boa Vista segue a mesma tradição e receita, passada de geração em geração, desde 1755. O processo lento exige uma paciência que é típica dos mineiros.

A Século XVIII é fermentada pela ação de leveduras selvagens e utilizando fubá de milho moído no próprio sítio como substrato para a fermentação. Antigamente, a cachaça era armazenada em um poço de pedra parafinada, mas atualmente a cachaça Século XVIII Azul é armazenada em dornas de inox por 1 ano.

 

A destilação em alambique de cobre, tem fogo direto, alimentado pelo próprio bagaço desidratado.

“Nosso grande diferencial, além da receita genuína é o terroir. Uma soma do tipo de clima, tipo de solo, variedade cana – usamos a mesma há 90 anos – e a cultura do fazer, que tornam o produto ímpar”.

A cana é plantada num terreno rico, às margens do rio Mosquito. Uma área conhecida como aluvião. Em tempos de cheia o leito do rio extravasa, inunda e fertiliza a terra naturalmente. O manejo é totalmente orgânico e na enxada. Preserva a mata ciliar e cria um ecossistema sustentável.

“Na minha lavoura de cana habita o fungo saccharomyces cerevisiae, que faz a fermentação alcoólica. Eu planto o milho próximo porque esse milho se contamina com o fungo”.

A safra de cana só começa depois que os grãos de milho, maduros e secos ao sol se transformam em fubá no moinho de pedra, movido a roda d’água, tão antigo quanto o engenho. 

Nessa etapa, Nando destampa uma garrafa de cachaça, enche o copo e fica por dias “namorando” as dornas até que o fungo se manifeste. Depois ele adiciona um pouco de caldo fresco de cana, para alimentar o crescimento das leveduras e quando atinge o volume necessário, está na hora de cortar e moer a cana.

06.jpg
Nando5.png

O engenho Boa Vista produz a cachaça Séc XVIII e Séc XVIII especial. A primeira é a autêntica “branquinha” pura, com teor alcoólico elevado no máximo que permite a legislação e sem diluição com água. Uma explosão de sabores descrita por Nando como “esquenta peito”. Já a reserva especial é envelhecida em dornas de aço inoxidável. Mais suave e sutil é chamada de “cachecol de seda”, pois envolve e traz uma espécie de conforto térmico.

Ali também é produzida a clássica Cachaça Santo Grau Coronel Xavier Chaves. Uma cachaça branca, sem envelhecimento, equilibrada, doce e extremamente volátil. Apelidada pelo mestre alambiqueiro de “beijo roubado”, pois deixa um gosto de quero mais.

BRANQUINHA PURA – DESCANSO SEM MADEIRA


Autenticidade é elemento muito presente nas cachaças Séc XVIII e Santo Grau – Coronel Xavier Chaves. A armazenagem não usa madeira. O motivo, segundo Rubens Resende Chaves, o Sr. Rubinho é:

“A nossa cachaça não tem vergonha de ser cachaça!”.

 

Em dois séculos e meio, apenas duas modificações foram feitas na receita, para atender a legislação brasileira. A primeira foi a redução do teor alcoólico para que a bebida mantivesse a denominação de cachaça. A outra mudança aconteceu na forma de armazenamento.

Em Minas Gerais, o material mais abundante vem de recursos minerais, por isso, o engenho foi todo construído com blocos de rochas. O alambique é assentado numa fornalha de pedra e consequentemente, os tanques de armazenamento da cachaça também eram de pedra.

Quando as normas sanitárias mudaram, Nando precisou se adequar e optou por tanques de aço inox. Ele explica que o aço, assim como as pedras, não deixa a cachaça interagir com o ambiente externo, limitando as reações químicas entre as próprias moléculas da bebida.

“A madeira é porosa, a cachaça volatiliza, passa pelos poros e reage com o externo. Já a dorna de inox não interfere nas reações de estabilização”.

A qualidade do engenho Boa Vista tem sido reconhecida ano a ano, mantendo a cachaça Santo Grau Coronel Xavier Chaves e Século XVIII entre as melhores do país. E, se depender dos dois filhos de Nando, a tradição será mantida por mais gerações.

Etapas da Produção

nando-chaves-cachaca-santo-grau-seculo-x

Plantação e colheita

Nossa cana é plantada em solo de aluvião, onde há adubos naturais. Nosso manejo é orgânico e na enchada, sem agroquímicos. 

Moagem e Filtragem

Usamos um engenho movido a roda d’água e um elétrico para extrair o caldo da cana, que é filtrado em um decantador e depois segue para os cochos de fermentação.

20190916_124759934_iOS.jpg
Sem título.png
cachaca-seculo-xviii-coronel-xavier-chav

Fermentação

Nossa levedura é selvagem, feita a partir do fubá do milho. O mosto da cana-de-açúcar demora cerca de 24 horas para fermentar e em seguida é levado para o alambique.

Destilação

A panela de cobre(Alambique) é aquecida com fogo direto e a destilação é feita sem pressa, ultilizamos somente o coração para fazer a cachaça século XVIII

20190915_122630756_iOS.jpg
WhatsApp Image 2020-06-18 at 11.18.06.jp

Armazenamento

Armazenamos a cachaça em dornas de aço inoxidável para que ela continue branca, pura e sem mistura! Nossa cachaça não tem vergonha de ser cachaça.

Engarrafamento e rotulagem

Enchemos e rotulamos nossas garrafas da maneira mais artesanal que existe, à mão e uma por uma.

25.jpg
Sec XVIII Azul.jpg
logo-ranking-2020 - Copia.png

5º colocada

Santo Grau.png

6º colocada

bottom of page